Na última década o termo "Neuromarketing" ganhou o interesse dos profissionais de marketing e publicidade ao redor do mundo.
Os avanços da neurociência e a utilização de recursos como a ressonância magnética e eletroencefalograma que são métodos de diagnóstico utilizados pela área da saúde, ganharam investimentos dos setores de marketing e no no neuromarketing são utilizados para uma aplicação bem diferente.
O Neuromarketing é a união da Neurociência da Psicologia e do Marketing, o que os pesquisadores fazem, basicamente, é medir as ondas cerebrais de um consumidor por meio de tecnologias bem bacanas, veja ao lado. O neuromarketing proporcionou aos profissionais de marketing a capacidade de entender como atingir os clientes de forma mais eficiente.
O Neuromarketing vem se juntar aos conhecimentos e estudos da Psicologia de Consumo, um campo da psicologia que se dedica a desvendar como o ser humano é afetado pelos diversos estímulos que as campanhas de marketing geram para causar impulsos de compra, mas que também podem causar stress ao consumidor.
“É uma verdade básica da condição humana que todo mundo mente. A única variável é sobre o quê.” Dr. House.
Segundo o Dr House "todos mentem", e os profissionais de marketing sabem disso, o neuromarketing é utilizado para medir a preferência de um consumidor de maneira mais exata, pois a resposta verbal dada à pergunta “você gosta desse produto?” nem sempre é a verdadeira resposta.
Com todas estas informações em mãos os profissionais de marketing podem criar produtos e serviços projetados de forma mais eficaz e campanhas de marketing mais focadas na resposta do cérebro por exemplo a cor da embalagem, o som que a caixa faz quando agitada, tornando assim a resposta do consumidor ao produto ou serviço mais eficaz.
A emoção faz diferença na tomada de decisão?
Alguns anos atrás, o neurocientista António Damasio ao estudar pessoas com danos na parte do cérebro onde as emoções são geradas. Ele descobriu que eles pareciam normais, exceto pelo fato de que eles não eram capazes de sentir emoções. Mas todos tinham algo peculiar em comum: não podiam tomar decisões.
Eles poderiam descrever o que eles deveriam fazer em termos lógicos, mas eles achavam muito difícil tomar decisões, mesmo as mais comuns, como o que comer. Muitas decisões têm vantagens e desvantagens em ambos os lados – devo ter cachorro ou um gato? Sem um componente emocional para decidir, esses sujeitos não conseguiram chegar a uma decisão.
A partir da pesquisa de Damasio podemos entender que, no momento de uma decisão, as emoções são muito importantes para a escolha. Na verdade, mesmo com o que acreditamos serem decisões lógicas, a escolha é sem dúvida sempre baseada na emoção.
Dan Ariely, outro pesquisador dos processos de tomada de decisão, explica:
“Todos queremos explicações sobre por que nos comportamos da forma como fazemos e sobre como o mundo ao nosso redor funciona, mesmo quando nossas explicações têm pouco a ver com a realidade. Nós somos criadoras de histórias por natureza, e contamos a nós mesmos história após história até encontrar uma explicação da qual gostamos e que parece razoável o suficiente para acreditar.”
A descoberta de Damasio tem enormes implicações para os profissionais envolvidos em negociações e vendas, por exemplo. As pessoas que acreditam que podem construir um argumento usando apenas a lógica e razão estão condenadas a serem negociadores e vendedores ruins, porque não entendem na totalidade os fatores reais que estão levando a outra parte a tomar uma decisão.
Conclusão
Hoje o neuromarketing utiliza uma variedade de ferramentas e técnicas para medir as respostas e o comportamento de nós consumidores. Ferramentas e técnicas que vão desde abordagens relativamente simples e baratas, como análise de expressões faciais, até experiências sensoriais mais complexas, como a medição da frequência cardíaca.
Não se esqueça de compartilhar a sua experiência e deixar sua opinião nos comentários.
Comments