O YouTube tem mais que um algoritmo, são na verdade vários tipos de sistemas de recomendação. Saiba como otimizar seus vídeos para tentar ter mais visualizações!
Quem trabalha com redes sociais e outros sites que funcionam com base em algoritmos está sempre em busca de dicas para se posicionar melhor e fazer seus posts serem vistos. Por isso, um vídeo recente estrelando da product manager do Sistema de Recomendações do YouTube, Rachel Alves despertou o interesse da massa cibernética.
Ele foi postado no canal Creator Insider, que o time técnico do YouTube usa para se comunicar com a comunidade de criadores de conteúdo. E o que eles mais querem? Isso mesmo: fazer seus vídeos serem vistos. Embora não seja algo do tipo “guia para seu vídeo ter 1 milhão de views em um minuto”, ele traz dicas bem relevantes.
Abaixo, você pode assistir ao vídeo da Rachel na íntegra (em inglês). Depois, continue lendo o post para um resumo do que foi dito e alguns insights que tiramos.
Os algoritmos do YouTube
Para começo de conversa, Rachel deixa claro que o YouTube não tem apenas um algoritmo. “A página inicial oferece uma ampla variedade de vídeos quando você visita o youtube.com e usa sinais semelhantes aos ‘vídeos sugeridos’, mas são projetados para fazer coisas um pouco diferentes”, exemplifica.
Ela abre o vídeo apontando os dois fatores que importam para o sistema de recomendações do YouTube:
Ajudar o usuário a encontrar os vídeos que quer ver;
Maximizar a satisfação de longo-prazo do usuário.
Ou seja, a ideia é que os usuários saiam felizes por terem achado o que queriam assistir, para que voltem sempre. Rachel diz que esse sempre foi o objetivo do YouTube, mas que as métricas mais importantes mudaram com o tempo: já foram cliques, visualizações e tempo assistido do vídeo, enquanto agora ganham destaque produções de canais e criadores de conteúdo com autoridade e que fiquem longe de violar as regras de uso.
Ih, então quem ainda está começando o canal pode desistir, certo? Ainda não, como veremos a seguir.
YouTube faz pesquisas para ensinar o sistema de recomendações
Rachel diz que a partir do momento em que o YouTube entendeu que passar muito tempo vendo um vídeo não era sinônimo de ter saído contente daquela experiência, começou a investir pesadamente em questionários. Milhões deles são enviados mensalmente para entender como um usuário está se sentindo após assistir a algum conteúdo.
A partir deles (e de outros sinais como likes/dislikes, compartilhamentos e cliques em “não tenho interesse”) é que o YouTube ensina seu sistema de recomendações a fazer melhores sugestões na home page e de o que assistir a seguir.
Isso também influencia o alcance e a distribuição de um vídeo, já que essas são a home page e a barra lateral de vídeos relacionados são as principais formas de uma produção ser vista pelos usuários. Quem diz isso é a própria Rachel, não eu.
Como ser mais visto na homepage do YouTube
Ela ainda deixa claro que não há hacks ou dicas de ouro. “Você não pode otimizar para uma fonte de tráfego, só pode otimizar para pessoas e espectadores”, afirma. Isso tem muito a ver com uma regra de ouro de SEO muito propagandeada pelo Google: escreva para humanos, não para os robôs. Vale lembrar que o YouTube pertence ao Google…
Mesmo assim, a product manager indicou alguns caminhos para os criadores de conteúdo se destacarem nas partes nobres do site. Para homepage, ela sugere, por exemplo, que títulos e thumbnails sejam pensados para novos espectadores, e não para seus fãs recorrentes. Isso porque boa parte da tela de entrada é dedicada a oferecer coisas novas para quem está buscando algo para assistir. Faz sentido, não?
Tenha em mente, também, que o crescimento do consumo do YouTube via smart TVs faz com que a tela de abertura seja ainda mais importante. Em geral, é por ela que os usuários das televisões modernas entram no aplicativo e fazem suas buscas.
Além disso, é importante postar com “consistência”. Isso não necessariamente quer dizer “todos os dias”, mas sim “periodicamente mantendo a qualidade”.
Como ser mais visto nas recomendações do YouTube
O outro espaço nobre do YouTube é aquela barra lateral (ou abaixo no mobile e em smart TVs) com os vídeos para ver a seguir. São os vídeos recomendados. Ali, primordialmente, você encontra conteúdos que tenham a ver com o que está assistindo naquele momento – além do seu histórico, gostos, etc.
Aqui, também vale caprichar nos títulos e thumbnails, mas no sentido de manter uma identidade visual. Assim, as produções do seu canal são facilmente reconhecidas e tendem a receber cliques de quem já o conhece. Por isso, também faz sentido criar séries de vídeos sobre o mesmo tema, para que os usuários os assistam em sequência.
“Quando um espectador está olhando para tudo o que ele poderia escolher para assistir a seguir, há muitas opções. Se você tem uma marca realmente forte e identificável, que é consistente, é muito fácil entender quais vídeos são do seu canal, o que torna a escolha ainda mais rápida para os espectadores”, detalha Rachel.
Outra dica apresentada também é recorrente aqui no blog para aumentar conversões: crie um CTA. No caso do YouTube, é finalizar o vídeo sugerindo que assista a outro complementar ou ao próximo da série. Playlists e telas de encerramento também com a sua identidade visual são ações também sugeridas pela product manager.
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