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Eduardo Campelo

Ócio Criativo, tudo que você precisa saber!

Atualizado: 30 de ago. de 2019



O que você pensa quando ouve a palavra ÓCIO? Provavelmente a sua reação deve ser a mesma da maioria das pessoas que associa ócio a preguiça, desocupação e etc.


Não é para menos que essa seja a sua reação, a nossa sociedade ainda é educada com a visão e conceitos da era industrial, onde fazer nada é ruim, se consultarmos qualquer dicionário vamos encontrar os seguintes significados e definições da palavra ócio: Finalização do trabalho; folga ou repouso; ausência de ocupação; falta de trabalho; excesso de preguiça; moleza. Isso mesmo a maioria das definições são associadas ao lado ruim do ócio.


“O culto do ócio é a crença de que feliz mesmo é quem é rico sem ter de trabalhar.” - Paulo Brabo.

O que poucos sabem é que na tradição grega, os romanos denominaram ÓCIO (otium) as ocupações voltadas ao trabalho intelectual como artes, filosofia, literatura, invenções, política, música e aos debates, nas relações humanas que agregam algum valor intelectual.

É isso que o sociólogo italiano Domenico de Masi aborda em seu livro “O Ócio Criativo” lançado no ano 2000. É um revolucionário conceito de trabalho que o sociólogo define através da interseção de determinados elementos.


No dias atuais graças as novas tecnologias os trabalhos considerados manuais realizados por artesãos, pré revolução industrial, e por operários, pós revolução industrial, tornaram-se repetitivos e muitos foram substituídos por máquinas. Realizar trabalhos repetitivos exigem pouca reflexão por parte dos operários, no auge da revolução industrial não era necessário ser muito instruído para realizar essa atividade.


Quando Karl Marx escreveu “O Capital”, em 1867, encontrávamos uma sociedade em que 93% da população realizavam trabalhos manuais, hoje com a implementação de novas tecnologias esse número se inverteu e encontramos uma sociedade em que mais de 80% da população realiza trabalhos criativos ou de carácter intelectual, esse cenário possibilita a prática do ócio criativo. Mas não devemos confundir o “ficar à toa” a “preguiça” o “fazer nada” da realização de atividades criativas.


O ócio criativo foi desenvolvido e pensado para trabalhos que envolvem criatividade, não é possível exercitar o ócio em ambientes onde os trabalhadores exercem trabalho físico estressante, perigoso. Cada vez mais os trabalhos manuais deixam de ser exercidos por seres humanos e passam a serem feitos por máquina restando nos os trabalhos criativos.


Praticar o “Ócio Criativo” consiste em utilizar o seu tempo livre, por escolha própria, para criar algo novo, e realizar simultaneamente 3 pontos:

  1. Trabalhar para criar riqueza: Todo trabalho deve gerar valor e/ou riqueza financeira;

  2. Criar conhecimentos e aprender: Ao mesmo tempo que trabalhamos para criar riqueza devemos sempre buscar e desenvolver novos conhecimentos;

  3. Diverti-se com o processo: Ao mesmo que trabalhamos, buscamos conhecimento devemos nos divertir durante o processo.

Durante dois séculos, tempo que durou a sociedade industrial (1750-1950), o maior desafio nas indústrias foi a eficiência, isto é, fazer o maior número de coisas, produtos, no menor tempo possível. Enquanto a agricultura precisou de dez mil anos para produzir a indústria, está precisou de apenas 200 anos para gerar a sociedade em que vivemos hoje ou a era “Pós-industrial”. Onde o trabalho físico é feito por máquinas e o por computadores. Nela cabe ao homem uma tarefa para a qual é insubstituível: ser criativo, ter idéias.



Diante desse quadro, é óbvio que as profissões também passem por um processo de transformação. Dado o maior valor atribuído ao conhecimento, à cultura, à arte e à estética, encontramos como profissões em alta, o design, a moda, a fotografia, a culinária, a hotelaria, a engenharia clínica, a informática médica e o direito internacional. No perfil do profissional do futuro, as características mais valorizadas são:


  • Formação - global e sólida;

  • Conhecimentos extra - computação, domínio de várias línguas;

  • Polivalência - condições de atuar em várias áreas;

  • Cultura ampla - domínio de informações culturais e tecnológicas;

  • Capacidade de inovação - predisposição para mudanças;

  • Atualização - reciclagem contínua dentro da atividade;

  • Capacidade analítica - postura crítica, interpretação antecipada das necessidades futuras da sociedade;

  • Interação - emoção e razão integradas facilitarão o desempenho.

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